Da redação do blog
Ontem, escrevemos na rede social do Blog que se o “Brasil tem relações comerciais muito mais significativas com países árabes do que com Israel, parece um exagero Bolsonaro querer transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém.
Fechar a embaixada palestina em Brasília, pior ainda.
A saga e a luta do povo palestino que teve seus territórios ocupados por Israel é histórica e feita de muitas crianças mortas.
Não tem o menor sentido se meter nisso.
Temos como conviver com os árabes e os judeus e respeitar a autodeterminação dos povos.”
Esse foi o primeiro erro do presidente eleito, Bolsonaro. Em reação ao fato, o Egito suspendeu a visita que faria ao Brasil. Veja o que publicou o Estadão a respeito do caso:
“Oficialmente, o governo egípcio informou que o adiamento ‘sine die’ foi necessário por causa de compromissos inadiáveis das altas autoridades do país. Aloysio Nunes (foto), ministro das Relações Exteriores, ia encontrar-se com seu contraparte, o ministro Sameh Shoukry, e o presidente, Abdel Fattah el-Sisi.
Nos bastidores, porém, sabe-se que a verdadeira causa foi o anúncio, por Bolsonaro, da decisão de mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. A medida significa um alinhamento do País com Israel e o abandono de uma posição de equilíbrio mantida por décadas pela diplomacia brasileira.
Os países árabes, quinto destino das exportações brasileiras, apoiam a Palestina e deixaram clara sua discordância com a medida.”