Por Ricardo Antunes
Revi a entrevista do presidente eleito ao Jornal Nacional. Me chamou a atenção a reverência e a educação que o Bonner o tratou dessa vez. Fez perguntas fortes mas sem qualquer sinal de revanchismo.
Bolsonaro não precisava dizer que não vai colocar propaganda oficial na Folha de São Paulo.
Passou recibo e o momento agora não é de abrir flancos de disputa. Ele deve coisas maiores a se preocupar do que ficar reclamando da cobertura dos jornais.
Isso fica com os militantes, não com um presidente eleito com mais de 50 milhões de votos.
Isso também se faz no modo silencioso e com autoridade,
Presidente algum pode dizer que vai “punir” veículo de comunicação via retirada de verbas de propaganda.
Elas devem obedecer a rigores técnicos, de audiência e não de simpatia.
A não ser que Bolsonaro queira fazer a mídia suja que os petistas faziam e que tanto ele criticou.
Pega muito mal além de passar “arrogância”
No nosso blog, por exemplo, não pense que quem anunciar em nosso espaço está incólume as cŕiticas.
É papel do jornalismo livre indentificar , criticar e divulgar eventuais erros.
Como também elogiar, eventuais acertos.
Nossa opinião dispensa os” humores dos poderosos” e não está a venda.
Temos um banner da prefeitura de Pernambuco e nem por isso deixamos de divulgar que o prefeito foi preso. Se ele quando deixar a prisão resolver tirar a propaganda o problema é dele, não nosso.
Fato é fato, fake eu não dou.
A grande imprensa tem o direito de errar e de escolher seu candidato como a Folha e as Organizações Globo fizeram com um verdadeiro massacre sobre o presidente eleito totalmente desproporcional com o candidato petista, devo admitir.
Necessário lembrar que a grande maioria dos jornalistas é ou se diz de “esquerda” embora adore comer bem e morar em Boa Viagem ou Casa Forte.
(Para os de fora os bairros da classe média alta do Recife)
O maior antídoto contra a mentira é o trabalho e não a vingança.
E o presidente eleito terá que se acostumar com essa cobrança.
A começar desse espaço.
Bom dia e debate aberto.
PS: Na matéria sobre o “disparo de zap” a Folha errou ao fazer uma manchete estapafúrdia para criar um “fato político”. Tanto é que há 48 horas da eleição fez outra dizendo que o PT também teria feito o mesmo “disparo” que não mereceu o mesmo destaque.